quarta-feira, 20 de abril de 2011

Apunhalados

Ao sentir a brisa
Meus olhos que já não alcançam o ofuscante brilho da Luz da estrelas.
A mais digna proeza de andar juto aos arcanjos caídos; sob o relento.
Onde está o abrigo que prometeste?
Onde está sua soberania quando necessito
De sua mão?
Está escrito em tuas palavras
Que me confortaria na minha dor
Mais tuas palavras não passam de
Palavras humanas mentirosas
Criadas para estabelecer os lucros
De pessoas imundas, com as mãos
Manchadas de sangue, derramados em teu nome
Você torna tudo tão difícil...
Se meu ser permanecer em vós
Eu padecerei afundando em seu cálice
Colocastes uma venda aos olhos humanos
Seres inocentes manuseados pelas obras
De seus servos mentirosos.
Que não conseguem explicar os mistérios
Que mesmo criam.
Apunhalam e açoitam aos escravos da vossa santidade
Eu fugi da sua trama. Arranco as vendas
Que condenam-me a sua devoção.
Então inutilmente todos esses corpos que um dia
Acreditaram em sua glória
São agora comprimidos, esmagados por terra.
Ando nos caminhos que para os enganados
São malditos escuros
Então andarei com os arcanjos caídos
Que manifestaram-se contra suas hierarquias.
Apropriou-se da bondade de muitos.
Motivos arcaicos e patéticos
Sentidos negados por mim em plenitude.

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